Perguntas que fazem a diferença no diagnóstico

Matriz de perguntas que auxiliam no diagnóstico automotivo

Metodologia 5W2H

A ferramenta 5W2H tem origem na indústria automobilística, mais especificamente no Japão, onde foi desenvolvida.

No início foi associada aos processos de gestão de qualidade, nas linhas de produção de carros. Depois, foi expandida para outras áreas, com a intenção de ajudar a coordenar o passo a passo da elaboração e execução de um projeto ou plano de ação.

Podemos aplicar esta ferramenta no desenvolvimento de um plano de ação para a realização de um diagnóstico complexo, fazendo algumas adaptações no modelo original.

Para facilitar o entendimento desta ferramenta e o porquê tem esse nome, observe a figura abaixo que exibe o significado de cada letra que constitui esta ferramenta.

Figura 1

Em uma aplicação no setor de reparação automotiva poderíamos utilizar essa ferramenta da seguinte forma:

O que ocorreu com o veículo? (WHAT)Superaquecimento, vazamento, falha de funcionamento, motor parou…
Onde ocorreu a falha? (WHERE)Cidade, estrada, em trânsito livre ou trânsito parado…
Quando ocorreu a falha? (WHEN)Apenas uma vez, todos os dias, apenas com o motor frio ou quente, após abastecimento, após lavar o veículo…
Como ocorreu a falha? (HOW)Foi repentino ou já estava se manifestando há algum tempo…
Quem estava conduzindo o veículo no momento da falha? (WHO)Proprietário do veículo, filhos, esposa, terceiro que utilizou o veículo…
Aplicação da ferramenta 5W2H no setor automotivo

Para ilustrar a aplicação desta ferramenta no diagnóstico automotivo avançado utilizarei um caso cedido pelo reparador Osair Xavier, proprietário da Auto Mecânica Xavier, da cidade de Sumaré no estado de São Paulo.

O proprietário de um veículo chegou na oficina relatando que depois de rodar alguns quilômetros o veículo parava e, só após alguns minutos, voltava a funcionar.

O reparador, então, fez a seguinte pergunta: quando ocorre a falha o motor estava frio ou quente? (WHEN)

O proprietário respondeu que sempre que ocorria a falha o motor estava quente.

De posse desta informação, o reparador utilizou o osciloscópio para captar o sinal do sensor de rotação com o motor frio, como mostrado pela figura 2:

Figura 2

Ao observar a imagem não viu nenhuma anomalia aparente.

Entretanto, como já havia perguntado ao proprietário em qual momento ocorria a falha sabia que se fosse apresentar algum problema seria com o motor quente.

Desta forma, fez a mesma medição com o motor quente como mostra a figura 3:

Figura 3

Ao ver o resultado da captura Osair identificou, de pronto, o sinal irregular proveniente do sensor de rotação que somente se manifestava com o motor quente. Substituiu o sensor e fez uma nova captura com o motor quente. A figura 4 apresenta o sinal do sensor de rotação novo.

Figura 4
Conclusão

Alcançar a máxima eficiência ou maestria no diagnóstico é o desejo de muitos reparadores.

Sabemos que não há nada mais gratificante que resolver um problema de um veículo que chega em sua oficina com funcionamento irregular, ou sem funcionar.

Além disso, após o reparo o veículo sair com o funcionamento perfeito, traz uma sensação de dever cumprido.

Espero com essas informações possamos contribuir com os colegas reparadores na elaboração de uma linha de raciocínio ou plano de ação no momento do diagnóstico.

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